Florianópolis, 03 de dezembro de 2013
O
Fórum Setorial Permanente de Teatro de Florianópolis manifesta o seu repúdio aos
atos do Secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina,
José Roberto Martins, bem como do Governador Raimundo Colombo que propõem a
alteração de Lei Estadual 13336/2005.
A
referida Lei tem o mérito de instituir o Fundo
Estadual de Incentivo à Cultura - FUNCULTURAL, o Fundo Estadual de Incentivo ao
Turismo - FUNTURISMO, e o Fundo Estadual de Incentivo ao Esporte – FUNDESPORTE.
No caso do FUNCULTURAL, os recursos devem ser destinados a financiar, através
de editais públicos de seleção, projetos na área cultural apresentados por
pessoas físicas ou jurídicas sem fins lucrativos.
Acontece que o Secretário José
Roberto Martins expediu documento afirmando que parte destes recursos estava
sendo usada na manutenção e custeio da própria Secretaria. Quando o
Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público Estadual manifestaram a
contrariedade a esta aplicação dos recursos, o Secretário solicitou que o
Governador propusesse alterações na Lei para que os recursos do FUNCULTURAL, do
FUNDESPORTE e do FUNTURISMO possam ser usados legalmente para pagar despesas da
Secretaria.
Resumidamente, o Projeto de Lei
416/2013 altera o texto da Lei 13336 da seguinte forma:
Como era? “[a receita proveniente
dos Fundos] será destinada a financiar, exclusivamente, projetos que possuam
caráter estritamente cultural, turístico e esportivo”;
Como fica com o PL 416? “[os
recursos provenientes dos Fundos] poderão ser descentralizados para manutenção
e custeio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), da Fundação Catarinense de
Desporto (FESPORTE) e da Santa Catarina Turismo S.A. (SANTUR) ou utilizados
pela Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL) para sua
manutenção e custeio”.
Ora, isso fere gravemente o
propósito dos Fundos, que deveriam servir para fomentar a produção cultural (e
esportiva, e turística) de Santa Catarina. No entender deste Fórum Setorial, o
custeio e a manutenção das Secretarias de Estado devem estar previstos no
Orçamento Anual do Poder Executivo, preservando o FUNCULTURAL para que ele
cumpra a sua finalidade. Não admitimos o repasse desta verba para outro fim
que não editais públicos de seleção de projetos culturais.
Pelo exposto, repudiamos e
convidamos outras entidades representativas a repudiar atitudes que sequestrem
os já irrisórios recursos destinados à cultura catarinense.
Mobilizemos nossos representantes na
Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina para que eles votem
contrariamente ao PL 416!!!
Fórum Setorial Permanente de Teatro de
Florianópolis
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